O futuro da energia solar: reciclagem de painéis solares

A reciclagem é um dos pilares da sustentabilidade nos dias atuais, pois possibilita o aproveitamento de materiais que seriam descartados no lixo. Através dessa técnica, é possível extrair as matérias-primas de itens que já encerraram a sua vida útil para a fabricação de novos produtos. 


A energia solar, considerada uma fonte energética limpa, pode tornar-se ainda mais sustentável com a prática da reciclagem. Mesmo que essa preocupação esteja distante da maior parte dos consumidores de energia solar, na medida em que a vida útil dos módulos fotovoltaicos é de 25 anos, é importante compreender a cadeia produtiva dessa fonte até o seu fim.


Pensando nisso, vamos te explicar como funciona a reciclagem dos painéis solares. Confira! 


CÉLULAS FOTOVOLTAICAS E OS TIPOS DE PAINÉIS 


A energia solar é limpa e renovável pois utiliza o sol, que é uma fonte inesgotável, e não emite gases de efeito estufa, como o CO2, durante o seu funcionamento. O princípio dessa fonte energética é o efeito fotovoltaico, que consiste na geração de corrente elétrica após a exposição de um determinado material à luz solar. 


Nesse caso, o material exposto é chamado de célula fotovoltaica, cujas matérias-primas para fabricação são diversas. O mais comum é a utilização do silício, que pode ser cristalino, monocristalino, policristalino e amorfo. Para montar uma placa solar é necessário interligar em série 36, 60 ou 72 células fotovoltaicas. 


Atualmente, os principais tipos de painéis solares em voga no mercado são os monocristalinos e os policristalinos. No caso do primeiro, o painel é construído por células formadas por um único cristal de silício de alta pureza cada, sendo o mais eficiente para produção de energia. Já o segundo, é formado por células constituídas de diversos cristais de silício, possuindo uma aparência mais granulada e a eficiência um pouco menor do que o monocristalino. 


O MERCADO POTENCIAL DA RECICLAGEM DE PAINÉIS SOLARES


Segundo os dados da Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA), cerca de 550 mil toneladas de painéis solares devem ser descartadas no país nas próximas três décadas. Em amplitude global, o número atingirá mais de 78 milhões de toneladas até 2050, segundo a IRENA. 


As preocupações com a destinação correta desses resíduos estão acompanhadas de um amplo mercado possível. Segundo a análise da Rystad Energy, empresa internacional de pesquisa em energia e inteligência de negócios, os materiais recicláveis advindos dos módulos fotovoltaicos no fim de sua vida útil valerão mais de US$ 2,7 bilhões em 2030. 


Para fins comparativos, é importante notar que em 2022, os mesmos materiais valiam cerca de US$ 170 milhões. Já as projeções para 2050 apontam que o valor desses materiais poderá aproximar-se de US$ 80 bilhões. 


Nesse sentido, estima-se que o mercado de reciclagem de painéis solares corresponderá a cerca de 6% dos investimentos globais de energia solar até 2040, em contrapartida aos 0,08% dos dias de hoje.


O PROCESSO DE RECICLAGEM 


Além dos benefícios para o meio ambiente durante a sua vida útil, os painéis solares possuem um caminho sustentável após o seu fim. Isso se dá pois os materiais que constituem os módulos possuem alta capacidade de reciclagem. Segundo a IRENA, é possível reciclar até 97% dos componentes e utilizá-los para a produção de novos painéis. 


Dentre os componentes, o vidro é o mais abundante e abrange 75% da composição do módulo fotovoltaico. Os demais materiais como alumínio, polissilício, cobre e prata, além de poderem ser reaproveitados, possuem alto valor no mercado. 


Para que a reciclagem aconteça, é necessário que ocorra, primeiramente, a coleta adequada dos módulos fotovoltaicos, seguida da desmontagem da estrutura. Através desse processo, os materiais são separados, triturados e classificados de acordo com as suas características. 


Apesar de a indústria brasileira de reciclagem de painéis solares ainda ser incipiente, é importante destacar que essa tecnologia deve seguir as diretrizes da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), que determina como deve ocorrer a gestão integrada e o gerenciamento de resíduos, sobretudo, entre agentes públicos e privados. 


A reciclagem de painéis solares é completamente possível e capaz de movimentar grande capital no mundo inteiro. Porém, trata-se de um mercado que ainda está em desenvolvimento, levando em consideração que a obsolescência dos módulos fotovoltaicos é muito baixa, com vida útil de 25 anos. 


A reflexão acerca da reciclagem dos painéis mostra como a energia solar surgiu para contribuir ativamente para a sustentabilidade do planeta, mesmo após o fim da vida útil dos equipamentos. Dessa forma, espera-se que surjam cada vez mais inovações que estimulem o mercado da energia solar, como o âmbito da reciclagem. 


Nosso compromisso é trazer essas inovações para você e tornar a energia solar cada vez mais acessível. Acompanhe o nosso blog e mantenha-se atualizado das principais tendências do mercado da energia solar! 


Por marketing 10 de junho de 2024
A Revolução da Energia Solar: Um Futuro Sustentável e Econômico Nos últimos anos, testemunhamos uma crescente conscientização sobre a necessidade de transitar para fontes de energia mais limpas e sustentáveis. Nesse contexto, a energia solar emerge como uma solução promissora, oferecendo uma série de benefícios tanto para o meio ambiente quanto para a economia. Como funciona a energia solar? A energia solar é gerada através da captura da luz do sol por meio de painéis solares, que convertem essa luz em eletricidade utilizável. Esses painéis são compostos por células fotovoltaicas que absorvem fótons de luz solar, liberando elétrons e gerando uma corrente elétrica. Benefícios ambientais da energia solar: Redução das emissões de carbono: Ao contrário dos combustíveis fósseis, a energia solar não produz emissões de gases de efeito estufa durante a geração de eletricidade, contribuindo para a redução do impacto ambiental e combate às mudanças climáticas. Preservação dos recursos naturais: A energia solar é uma fonte abundante e renovável, ao contrário dos combustíveis fósseis, cuja extração e consumo causam danos irreparáveis aos ecossistemas terrestres e marinhos. Minimização da poluição do ar e da água: A produção de energia solar não gera poluentes atmosféricos ou resíduos líquidos tóxicos, ajudando a proteger a qualidade do ar e da água para as gerações presentes e futuras. Benefícios econômicos da energia solar: Redução nos custos de energia: A instalação de sistemas de energia solar pode reduzir significativamente os custos de eletricidade a longo prazo, oferecendo às empresas e consumidores uma fonte de energia estável e previsível. Criação de empregos e crescimento econômico: O setor de energia solar está gerando empregos em ritmo acelerado, desde a fabricação e instalação de painéis solares até o desenvolvimento de tecnologias de armazenamento de energia e infraestrutura de distribuição. Independência energética: Ao investir em energia solar, os países e comunidades podem reduzir sua dependência de combustíveis fósseis importados, fortalecendo sua segurança energética e reduzindo os riscos associados a flutuações nos preços do petróleo e gás. Em resumo, a energia solar oferece uma oportunidade única para promover um futuro mais limpo, seguro e próspero para todos. Ao aproveitar o poder do sol, podemos mitigar os impactos das mudanças climáticas, preservar os recursos naturais do nosso planeta e construir uma economia mais resiliente e sustentável.  Fonte: Portal solar
Por marketing 23 de dezembro de 2023
O ano de 2023 foi um período de marcos históricos para o mercado de energia solar no Brasil. Passamos por muitos desafios e conseguimos atingir grandes feitos. Superando as expectativas, chegamos a atingir números expressivos, batendo recordes de geração e chegando ao final do ano como sendo a segunda principal fonte de energia do país, agora representamos 15,9% da nossa matriz energética, atrás somente da hídrica. O Brasil, ainda de acordo com a ABSOLAR deverá acrescentar mais de 10 GW de geração solar fotovoltaica em 2023 e atingir a capacidade instalada acumulada de 34 GW na fonte. O desempenho representaria um crescimento de 52% em relação a potência atual e o melhor ano da história do setor no país. Mais de 1,6 milhão de moradias espalhadas por cerca de 5,5 mil municípios brasileiros adotam a energia solar fotovoltaica. E esse número tende a aumentar. É com esse sentimento, de dever cumprido que chegamos ao final deste ano. Com esperanças renovadas e expectativa de um ano ainda melhor, aguardamos ansiosamente pelo ano de 2024. Que no próximo ano, possamos continuar contribuindo cada vez mais com uma matriz energética ainda mais renovável, sendo um grande propursor da redução na emissão de carbono, transformando o mundo em um ambiente mais sustentável.
Por marketing 11 de dezembro de 2023
Os sistemas de energia solar conectados à rede (on-grid) são os mais adequados para instalação em centros urbanos e locais com acesso à rede elétrica, por demandarem um investimento mais baixo e dispensarem a necessidade de armazenamento em baterias. Dentre os benefícios de instalar um sistema de energia solar on-grid, está a função anti-ilhamento. Nesse sentido, vamos explicar no que consiste essa função e a sua importância. Confira! O QUE É ILHAMENTO? Tratando-se de sistemas de energia solar conectados à rede, o ilhamento ocorre quando o sistema continua funcionando e gerando energia, apesar da interrupção da rede por falha ou desligamento. Em outras palavras, o sistema forma uma ilha de energia durante a falha da rede elétrica. À primeira vista, o ilhamento pode parecer benéfico, porém é um fenômeno capaz de gerar sérios riscos materiais e à vida. Dessa forma, foi desenvolvida a função anti-ilhamento que ocorre na comunicação da rede elétrica e o inversor do sistema fotovoltaico. COMO FUNCIONA A FUNÇÃO ANTI-ILHAMENTO? Devido à função anti-ilhamento, quando ocorre a queda de tensão na rede elétrica pública, também conhecida como “apagão”, o inversor do sistema de energia solar é desligado e automaticamente paralisa a geração de eletricidade. Esse é um modo de garantir a segurança de pessoas, equipamentos ligados ao sistema e do sistema como um todo. Em geral, a função anti-ilhamento: • Gera maior segurança para os técnicos que atuam na manutenção da rede elétrica durante a interrupção da rede; • Garante a qualidade da energia, pois a eletricidade que seria gerada durante o processo de ilhamento estaria isenta de controle em relação à sua tensão e frequência; • Possibilita que o fornecimento de energia seja religado sem danificar os equipamentos elétricos e o sistema de energia solar. QUAIS SISTEMAS SÃO CONTEMPLADOS PELA FUNÇÃO ANTI-ILHAMENTO? A função anti-ilhamento é inerente aos sistemas conectados à rede elétrica pública, ou on-grid. Nesse caso, a energia gerada é consumida pelo imóvel e o excedente é injetado na rede elétrica, retornando para o proprietário em forma de créditos. Os créditos podem ser abatidos em dias de menor geração, como os nublados e chuvosos, ou direcionados para outros imóveis que estejam sob a mesma distribuidora de energia e titularidade. Além disso, a função anti-ilhamento é fundamental para os sistemas conectados à rede em que é aplicada a estratégia zero grid. Nesse caso, a geração de energia acompanha o consumo do imóvel de modo a não gerar excedente. Apesar de nesse caso não existir ou ser reduzida a injeção de eletricidade na rede elétrica, é fundamental que ocorra a homologação do sistema para garantir a função anti-ilhamento. Agora que você já sabe mais sobre a função anti-ilhamento, entre em contato conosco e peça uma simulação para o seu sistema de energia solar! O nosso time de especialistas proporcionará um orçamento personalizado para atender às suas necessidades energéticas.
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